PADRÕES MÉDICOS E PLATAFORMAS DE INTEROPERABILIDADE EM SAÚDE

Paulo Rogério Rades, cpTICS

PADRÕES MÉDICOS

PARA TROCA ELETRÔNICA DE INFORMAÇÕES

O HL7 International é uma desenvolvedora de padrões (SDO – Standard Development Organization) para a área médica que disponibiliza especificações para a padronização dos dados gerados pelas práticas clinicas e administrativas.

Possui uma família de padrões sendo o padrão HL7 V2.x o mais amplamente adotado. Outros padrões da HL7 são o V3, o CDA, o EHR Functional Model, o FHIR e outros de maior relevância para os EUA. O HL7 International é filiado da ANSI.

O FHIR é um novo padrão HL7 que implementa padrões WEB, como REST, Oauth2, JSON, XML além de fornecer uma especificação para padronização dos dados clínicos e ao mesmo tempo uma especificação para plataformas de interoperabilidade.

Este novo padrão está sendo construído do zero para fechar lacunas deixadas pelos padrões mais antigos como o HL7 V2x que já tem mais de 30 anos e o V3, perto de seus 20 anos.

Nestas épocas casos de uso atuais como e-saúde, telemedicina digital, cloud, analytics, bigdata, mobile, links de alta velocidade e até mesmo a internet, não existiam, neste caso, para a V2.

O objetivo do FHIR não é de substituir de imediato os demais padrões HL7, mas aos poucos, e, naturalmente, o mercado vai se ajustar e harmonizar o conjunto de padrões utilizados em seus sistemas, para o FHIR.

A adesão está sendo ampla em todos os continentes e em muitos países, sendo a Argentina e o Chile, países da América do Sul que o adotaram para registros médicos longitudinais, além de método de intercâmbio de dados entre as organizações de saúde.

O CDA é um padrão derivado do modelo de referência da V3, conhecido por V3-RIM. Este, estrutura os documentos clínicos e é definido em três níveis.

O nível 1 é a porta de entrada para aqueles que não tem experiência com o padrão, ele estrutura somente o cabeçalho do documento.

No nível 2 tanto o cabeçalho quanto o corpo do documento devem ser estruturados porém as entradas no corpo ainda são em texto livre.

O nível 3 é o nível mais rígido e semântico exigindo o uso de vocabulários controlados e terminologias como SNOMED e LOINC.

O DICOM é um padrão para o domínio da radiologia digital e é amplamente utilizado pelos fabricantes de equipamentos de imagens como RX, TC, RMI, US e pelos desenvolvedores de sistemas como o PACS, visualizadores de imagens médicas e ferramentas de testes para administradores PACS-RIS.


PLATAFORMAS DE INTEROPERABILIDADE

O Mirth Connect é um motor de integrações que age como uma camada de serviços de comunicação podendo ser utilizado como uma plataforma para a interoperabilidade e integrações.

Uma plataforma de interoperabilidade pode ser entendida e definida como um software capaz de receber e enviar dados nos mais variados formatos e padrões, realizar mapeamentos e transformações, permitir integrações mais ágeis, melhorar governança, permitir a reutilização das interfaces, oferecer maior agilidade na solução de problemas e principalmente contribuir com a redução e controle de custos com interoperabilidade.

Estas plataformas devem ser capazes de lidar com mensagens HL7 V2.x, recursos FHIR (análogos as mensagens HL7 V2.x), documentos CDA, imagens médicas DICOM, webservices, SOAP, etc.


CONCLUSÃO

Os domínios da saúde são extremamente regulados, porém, esta, não está presente na padronização dos dados gerados pelos sistemas de registro médico eletrônico e/ou pelos equipamentos e dispositivos médicos.

A padronização de dados de saúde é fundamental para o melhor uso de tecnologias como big-data, analytics e blockchain. Esta padronização habilita a interoperabilidade e ‘ativa’ o uso de tecnologias modernas para que sejam melhores exploradas e aproveitadas a custos e prazos menores.

Os domínios da saúde precisam de padrões médicos para tudo, sendo os principais a coexistirem, o HL7 em todas as suas versões, o openEHR, O DICOM, as normas ASTM, TISS, TUSS, as especificações IEEE 11073, os perfis IHE, além dos vocabulários médicos controlados como LOINC e SNOMED-CT. Para saber mais sobre Desenvolvedoras de Padrões, acesse aqui.

Interoperabilidade

O QUE SÃO TERMINOLOGIAS CLÍNICAS?

O QUE SÃO TERMINOLOGIAS CLÍNICAS? Paulo Rogério Rades, cpTICS Terminologias clínicas são vocabulários estruturados que definem conceitos complexos para doenças, cirurgias, tratamentos, medicamentos, profissões, locais,

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